Acreditando na Vida: Reflexões sobre o Suicídio e a Imortalidade do Espírito
Rosana estava em um corredor da faculdade, envolvida em uma conversa com amigos sobre um colega do segundo turno que, na véspera, havia tirado a própria vida. O assunto ocupava as mentes de muitos na universidade, despertando discussões sobre o perdão divino e a eficácia das orações para aqueles que cometem suicídio. Em meio a esse debate, surgiram opiniões divergentes; alguns afirmavam que um suicida não merecia perdão, enquanto outros defendiam que a compreensão era o caminho mais adequado.
Quando questionada sobre o que pensava a respeito, Rosana expressou sua visão de que a oração deve ser dirigida a todos, sem exceção. Ela argumentou que essa conversa não ajudava o amigo falecido, enfatizando que a morte não é o fim. “O corpo pode perecer, mas o Espírito é eterno”, declarou. Suas palavras trouxeram perplexidade aos colegas, que estavam acostumados a ver a morte como um fechamento definitivo.
A Tristeza do Suicídio
É profundamente triste perceber que um amigo, parente ou colega recorre à porta enganosa do suicídio como uma solução para suas dores. Há quem diga que, na realidade, a pessoa que comete suicídio não deseja morrer; ela quer acabar com a dor insuportável e a decepção que a vida lhe impôs. Quando a fé e a esperança estão presentes, a pessoa busca formas de enfrentar e superar suas dificuldades. Por outro lado, aqueles que não acreditam na imortalidade da alma tendem a se apegar às amarguras da vida e, sem uma perspectiva mais ampla, podem achar que a única saída é abreviar a própria existência.
A incredulidade no que se refere ao futuro e a influência de ideais materialistas alimentam esse desejo de escapar da vida. Contudo, é crucial reconhecer que, ao optar pelo suicídio, a pessoa não elimina a vida; ela continua a existir de outra forma. Essa realidade pode ser a maior dor para quem se suicida, como um prisioneiro que tenta escapar antes de cumprir sua pena, apenas para ser tratado de forma ainda mais severa ao ser trazido de volta à realidade.
A Vida como um Dom Divino
A vida é um presente divino, uma oportunidade para crescimento e progresso. Quando enfrentamos lutas difíceis, devemos lembrar que nunca seremos sobrecarregados além de nossas forças. Deus, em sua infinita bondade, nunca nos impõe fardos que não possamos carregar. Portanto, é essencial que não cedamos ao desespero. Precisamos buscar ajuda, expressar nossas dificuldades e lembrar que sempre haverá alguém disposto a nos ouvir. O mundo está cheio de pessoas bondosas, e, muitas vezes, tudo que precisamos fazer é olhar ao nosso redor e pedir apoio.
É fundamental não acreditar que a morte resolverá nossos problemas. Mesmo quando o corpo se extingue, o Espírito continua a viver, embora invisível aos olhos carnais. Somos responsáveis por todas as escolhas que fazemos e pelo destino que damos aos nossos corpos. Cada um de nossos atos repercute nas leis morais estabelecidas pela Divindade, e seremos cobrados por isso.
Um Chamado à Esperança
Portanto, nunca devemos cogitar a desistência da vida. Em nossas orações a Deus, devemos evitar pedir que essa existência seja abreviada. Em vez disso, devemos implorar por coragem e força para suportar os desafios que encontramos ao longo do caminho. A fé nos ensina que, mesmo nas horas mais sombrias, há sempre uma luz que pode nos guiar. O Pai, em sua bondade, nunca nos negará auxílio.
As palavras de Rosana e as reflexões sobre a vida e a morte nos convidam a repensar nossas crenças e atitudes diante da dor. Que possamos cultivar a esperança, a fé e a compaixão, tanto por nós mesmos quanto pelos outros. O caminho do entendimento e da aceitação é sempre mais saudável e iluminado do que o da desistência. A vida, com todas as suas dificuldades, é um convite à superação e ao amor.