Acreditamos na Vida!
Rosana conversava no corredor da faculdade com alguns amigos e o tema em pauta era trágico: um colega do segundo turno havia cometido suicídio na véspera. Esse assunto, que gerou grande comoção, rapidamente se espalhou por toda a universidade. Os alunos debatiam se o colega suicida merecia o perdão de Deus e se as orações poderiam ajudá-lo de alguma forma. Um dos amigos afirmou que quem comete suicídio não pode receber perdão, mas foi logo contestado por outro que defendeu que todo suicida merece compreensão.
Quando os colegas provocaram Rosana para saber sua opinião, ela se posicionou de forma clara: “A oração não deve ser negada a ninguém e essa conversa não ajuda em nada o nosso amigo”. Afirmou que a morte não é o fim, pois, segundo ela, o corpo perece, mas o espírito é imortal. Com isso, Rosana ressaltou que, ao invés de multiplicar o sofrimento, a discussão sobre o perdão e as orações deveria focar na compreensão e no acolhimento.
Reflexões sobre o Suicídio
É triste constatar que um amigo, colega ou parente tenha se evadido pela enganosa porta do suicídio. Alguém disse, certa vez, que quem comete suicídio, na verdade, não deseja se matar, mas sim acabar com a dor insuportável que está sentindo. Quando a fé e a esperança fazem parte da vida, a pessoa procura se reerguer após a adversidade e busca maneiras de superar o sofrimento.
Por outro lado, aqueles que não acreditam na imortalidade da alma ficam aprisionados às amarguras da vida. Essa visão limitada pode levar a pessoa a desejar abandonar tudo em busca de paz, acreditando que o suicídio é uma solução para suas misérias. A incredulidade sobre o futuro e as ideias materialistas alimentam esse desejo, que, muitas vezes, resulta em um ato irreversível.
No entanto, o suicida pode descobrir, após a morte, que não conseguiu acabar com a vida; ele prossegue existindo. Essa é, sem dúvida, uma das maiores dores que a pessoa pode enfrentar, pois é como um prisioneiro que tenta escapar antes que sua pena termine, mas que, ao ser recapturado, enfrenta consequências ainda mais severas.
A Vida como um Dom Divino
A vida é um presente divino, oferecido para o nosso crescimento e progresso. É fundamental entendermos que, mesmo diante de lutas árduas, sempre teremos forças disponíveis para enfrentar as dificuldades. Deus nunca nos dá um fardo maior do que podemos suportar.
Portanto, jamais devemos nos entregar ao desespero. É crucial buscar auxílio e compartilhar nossas dificuldades com aqueles que nos cercam. Existem muitas pessoas bondosas dispostas a nos ouvir e a oferecer apoio. Às vezes, tudo o que precisamos é olhar ao nosso redor e pedir ajuda.
Não devemos acreditar que a morte é a solução para nossos problemas. Quando o corpo falha, nós, espíritos, continuamos a vida, ainda que invisíveis aos olhos físicos. Somos responsáveis pelas nossas ações e pelo tratamento que dispomos aos nossos corpos. Assim, responderemos por todos os atos que contrariarem as leis morais estabelecidas por Deus.
Um Pedido de Força
Dessa maneira, nunca devemos considerar desistir da vida. Em nossas orações, não devemos pedir a Deus que encurte nossa existência, mas sim que nos dê forças para suportar tudo com coragem e dignidade. A bondade divina é infinita, e Ele, como um pai amoroso, nunca nos negará auxílio.
Em momentos de dor e desespero, lembremos que a vida, com todas as suas dificuldades, é um presente que deve ser valorizado. Precisamos cultivar a fé, a esperança e a solidariedade entre nós. Ao compreendermos a imortalidade do espírito, podemos enfrentar melhor os desafios e encontrar luz mesmo nas horas mais sombrias.
